Miguel Cruz, Presidente da IP, esteve presente na conferência inaugural do “Ano OE para a Coesão Territorial”, reforçando o papel ativo da empresa no debate nacional sobre coesão territorial.
A Infraestruturas de Portugal (IP), representada pelo seu Presidente, Miguel Cruz, participou na conferência inaugural do “Ano OE para a Coesão Territorial”, promovida pela Ordem dos Engenheiros, que decorreu esta terça-feira, dia 28 de maio, no Museu Nacional de Conímbriga.
Esta conferência, sob o tema “Ambiente e Sustentabilidade”, marcou o arranque de um ciclo de iniciativas descentralizadas que decorrerão ao longo de 2025, no âmbito da decisão do Conselho Diretivo Nacional da Ordem dos Engenheiros em declarar este ano como o "Ano OE para a Coesão Territorial", com o objetivo refletir sobre o papel da Engenharia e dos Engenheiros no desenvolvimento equilibrado e sustentável do território nacional.
IP reforça compromisso com a resiliência, segurança e sustentabilidade
Durante o painel “A Engenharia como fator de resiliência e sustentabilidade territoriais”, Miguel Cruz destacou quatro áreas estratégicas para a IP:
Adaptação às alterações climáticas
Através do Plano de Resiliência das Infraestruturas às Alterações Climáticas (PRIAC), a IP tem vindo a avaliar riscos e a implementar medidas para garantir a robustez das suas redes ferroviária, rodoviária e de telecomunicações face a fenómenos climáticos extremos.
Numa primeira fase, foram identificados os principais perigos climáticos, como inundações, instabilidade de vertentes, calor excessivo e incêndios. A segunda fase, já em curso, centra-se na definição de medidas de adaptação concretas e os respetivos custos, permitindo planear os investimentos a curto, médio e longo prazo. Estas medidas incluem soluções físicas (como reforço de drenagens, estabilização de taludes e sensores de monitorização) e operacionais (como por exemplo o condicionamento preventivo da circulação e integração com sistemas de aviso da Proteção Civil).
Continuidade de Negócio (Business Continuity)
Com base no seu plano de continuidade de negócio (IP3R), a IP está a consolidar práticas de continuidade operacional, alinhadas com a nova diretiva europeia de resiliência das entidades críticas, garantindo a capacidade de resposta a incidentes como falhas energéticas e de comunicações.
Com enfoque na prevenção, resposta e recuperação, foram realizados exercícios de simulação reais e criados instrumentos práticos, como checklists e planos de contingência por área crítica.
Cibersegurança
A proteção das infraestruturas críticas é uma prioridade para a IP. Neste âmbito, foi criado o CiberSecIP, um grupo estratégico liderado pelo CISO (Chief Information Security Officer) que promove a implementação de práticas, normas e formação, assegurando a integridade dos sistemas e dos dados.
As ações realizadas pela IP estão alinhadas com referências internacionais como a NIS2 e a IEC 62443, assegurando a integridade dos sistemas e dados, bem como a segurança de passageiros, colaboradores e serviços essenciais.
Sustentabilidade e economia circular
A circularidade é um pilar da estratégia ambiental da IP, focando-se na otimização de recursos e na redução de resíduos.
A empresa tem promovido a reutilização e incorporação de materiais reciclados em projetos de construção e modernização, com destaque para soluções como misturas betuminosas recicladas a frio e o uso de materiais alternativos em barreiras acústicas.
A participação neste evento reforça o papel ativo da IP no debate nacional sobre coesão territorial, demonstrando como a engenharia pode e deve ser um instrumento central na construção de um território mais resiliente, seguro e sustentável.